segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Amianto, a poeira assassina




Já se falou mais sobre o amianto, mas os seus efeitos nefastos ainda se fazem sentir e são altamente perigosos. Saiba porquê:

Trata-se de uma fibra mineral que alia às eficazes propriedades como isolante térmico e acústico o facto de ser comercialmente bastante atractivo, o que o tornou massivamente usado. A utilização de que mais se fala tem a ver com a construção civil, onde foi muito utilizada em placas de fibrocimento para a cobertura de edifícios, tectos falsos, pavimentos, divisórias pré-fabricadas, canalizações, etc, mas a verdade é que o amianto foi também muitíssimo usado em diversas outras áreas, quer falemos de uso industrial ou doméstico.

Depois, e à medida que se foi tomando consciência dos cancros e mortes provocadas pelo seu uso, apareceram diversas medidas restritivas até que, em 2005, foi proibido por imposição comunitária. O problema, por isso, coloca-se mais para todos os edifícios construídos antes dessa data, quer falemos de grandes edifícios públicos, quer de prédios de habitação.

Contrariamente ao que muitos pensam, o amianto não é radioactivo e os seus malefícios chegam até nós através do pó que larga em forma de minúsculas fibras que contaminam o ar que respiramos, havendo até quem lhe chame “poeira assassina”. Esse pó quase invisível penetra pelo nariz e pela boca e vai-se alojando no aparelho pulmonar e/ou no digestivo, e daí as dificuldades respiratórias e o cancro do pulmão ou do estômago serem os efeitos mais graves, mas pode também atingir outros órgãos.

Em 2015 a OMS tornou público que, só no ano de 2013, terão morrido de cancro, devido a exposição ocupacional ao amianto, cerca de 194.000 pessoas. Esse número significa que o amianto é a causa de quase dois terços (63,8%) de todos os cancros ocupacionais.

Pensa-se que este pó não é nocivo em contactos ocasionais, mas sim quando permanecemos muitos anos em ambientes de concentração elevada de fibras, o que explica, por exemplo, o facto de serem os professores os mais afectados pelas placas de fibrocimento antigas e degradadas ainda existentes em tantas escolas, e não os alunos. É que esta é sempre uma doença de origem silenciosa e lenta.

De referir também que o amianto é sempre usado aglutinado a outros materiais, e é normalmente estável, não sendo possível quantificar o prazo de validade dos compostos obtidos, muito variável caso a caso, mas julga-se que 40 anos seja o limite máximo de durabilidade sem danos. 

Em concreto, sabe-se que existem duas formas de essa poeira se libertar: 
  • uma resulta do envelhecimento provocado pelo tempo e por um conjunto de vários factores, como o sol, a chuva, o gelo, dejectos de animais, etc., que vão provocando libertações de pó quase imperceptíveis.
  • E depois outra, talvez mais agressiva e evidente, resulta de fractura em que algumas zonas ficam expostas e libertam muito desse pó cheio de fibras assassinas. E estas fracturas até podem ser provocadas, por exemplo, por queda violenta de granizo.

A libertação destas fibras contamina o ar sendo que, em edifícios de características industriais, como fábricas, armazéns ou pavilhões, as coberturas estão quase sempre directamente sobre os locais de trabalho, e esta será a situação mais grave.

Em edifícios de habitação, onde existem lajes de tecto por baixo dessas placas, a situação é menos grave, pelo menos à primeira vista, dado que o ar contaminado fica contido nos vãos. Aqui há que ter um especial cuidado com os aparelhos de ar condicionado que foram ou são colocados nos telhados ou nas paredes, pois podem ser eles a transportar para dentro de casa as fibras assassinas, já que os filtros não parecem surtir grande coisa neste aspecto.

Mais ainda, voltamos a referir que o amianto não se limitou ao uso nas placas de fibrocimento para os telhados, ele foi usado também para tectos falsos, canalizações, pavimentos, divisórias pré-fabricadas, isolamentos térmicos e acústicos, etc.

Em termos de uso doméstico, fica ainda a informação de que o amianto foi usado também em torradeiras, fogões, toalhas de mesa, aventais, revestimentos de tábuas de passar a ferro, aquecedores, secadores de cabelo, depósitos, têxteis… etc.. Quer um conselho? Substitua aquela torradeira tão velhinha que você já nem se lembra quando comprou.

Quer outro conselho? Se vive numa casa construída antes de 2005 pondere pedir a um engenheiro civil que verifique se existe nela amianto e, se sim, que verifique o estado do mesmo. Por outro lado, se a casa tiver mais de quarenta anos... pondere substituir as canalizações, e verifique se tem placas de fibrocimento com amianto no telhado ou divisórias, lembre-se do prazo máximo de validade!

Por último, fica também a informação de que, se pensa que tem estado exposto(a) a este pó, o INDIGO e a Terapia Quântica quantificam os valores de amianto que podem estar a afectá-lo(a), e promovem a desintoxicação. Ligue 962 857 780 ou 245 083 380 e marque a sua terapia!


Por último

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Tudo é emprestado - até as pedras em que tropeçamos


Sabe? Tropeçar não é problema. Mas apegar-se à pobre da pedra… esse é O problema!

É o ego que nos faz apegar às coisas: gosto do meu carro, gosto da minha casa, gosto do meu emprego, gosto disto e daquilo, como se o facto de eu gostar lhes acrescentasse algum valor. E é também o ego que nos faz desgostar das mesmas coisas, na medida em que não gosto do meu carro porque sei que merecia muito mais do que o que tenho, porque se existe no mundo melhor, porque não para mim? Até aqui compreende-se, certo? Ou aceita-se, vá… 😏

E se eu substituir “coisas” por pessoas? Será difícil perceber que me apego a este(a) ou aquele(a) porque acho que me faz feliz, que me faz sentir bem?… E que deve ser por isso que é tão difícil gerir a rejeição, quando ela acontece? Ou a perda dos entes queridos, mesmo quando acreditamos que partiram para estar com Deus? Alguns até… como dizer? Alguns até por fim encontram um consolo enorme na ideia de que os que partiram ficam a velar pelos que ficaram, como se a eternidade – seja lá isso o que for – se possa resumir numa ideia tão egóica como permanecerem presos a esta coisa pequenina que somos nós? Nós?! 😇

E então se eu substituir “coisas”… por doenças? Hmmm… muito mais difícil!!! Normalmente as pessoas olham para mim com o ar desesperado de quem pensa “credo, a mulher é maluca! Que faço eu aqui?” quando eu lhes digo que para se curarem precisam desapegar-se do seu estado de doença. E, no entanto…

Há pessoas cujo único tema de conversa é a sua doença. Sim, chamam-lhe mesmo “sua”, alguns até a si próprios se tratam por doentes, enfatizando os seus handicaps até ao limite da paciência de quem os ouve. Querem atenção e julgam que a terão através das suas infelicidades. E esse é o problema: querem atenção – e só o ego quer uma coisa dessas. Eu costumo dizer “a porra do ego”, porque na verdade só o ego é capaz de preferir ver-nos doentes, desde que isso chame a atenção de alguém. A porra do ego. Pense nisso, que o ego é a pedra em que todos tropeçamos.