Sem quase darmos por isso, a verdade é que vivemos numa sociedade em que o “normal” vai estando tão distante do natural como parece que o diabo está da cruz. E por isso é normal que nos esqueçamos que a natureza não pode ser controlada por muito tempo, é normal que nos esqueçamos que os sintomas são ferramentas essenciais para percebermos a nossa mente, as nossas emoções, e que poderia ser a análise dos sintomas que nos curaria para sempre. Ou não… ;)
A medicina agrupou sob a mesma designação toda uma variedade de maleitas a que chama DOENÇAS AUTO-IMUNES, metendo no mesmo saco doenças que em si mesmas são muito diferentes umas das outras mas que possuem um denominador comum: todas têm o sistema imunitário a trabalhar contra a própria pessoa, atacando aquilo que deveria proteger.
Com efeito, na página do NEDAI (Núcleo de Estudos das Doenças Autoimunes, da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna) aparecem listadas 118 doenças deste tipo. Mas, curiosamente, não existe uma caracterização formal para elas:
- “Os sintomas são variáveis de uma doença para outra e até dentro da mesma doença. Como são doenças que afetam vários órgãos, podem ter sintomas enganadores, o que dificulta o diagnóstico.”
- “A mesma doença pode ter sintomas muito diferentes em várias pessoas e em várias idades.”
- “As doenças auto-imunes são das doenças mais difíceis de reconhecer e de diagnosticar. Cada doença pode ter uma gravidade ligeira ou ser muito grave”
Daqui se pode concluir que a ciência ainda sabe muito pouco sobre este assunto, quer se trate de diagnosticar ou de tratar, porque não existem tratamentos externos eficazes.
Todos vocês sabem que eu sou fã de Louise L. Hay e do seu trabalho de ligar as emoções às doenças de que sofremos. E nesse aspecto é impossível pegar numa lista de 118 doenças e dizer que a causa emocional é esta ou aquela, até porque as causas precisam cruzar-se com a questão do(s) órgão(s) envolvido(s) e o stress provocado por um sistema imunitário cego ou, como gosto de dizer, um sistema com a mania da limpeza ou hiperactivo. Excesso de zelo, perfeccionismo?
Mas, se o denominador comum é o sistema imunitário, podemos e devemos remeter para o 4º chacra, o do coração, pelo menos parte da resolução deste problema.
Este é o chacra do amor e dele nos diz Marie-Rose Pippolini que se existirem desequilíbrios estes se refletem na dificuldade em amar-se a si próprio, ou em amar os outros, ou ainda em sentir-se amado, dificuldade em partilhar, em dar. E ainda, mais especificamente em relação às doenças imunitárias, que estaremos perante pessoas que vivem o amor como algo de destrutivo, e que por isso já não o querem deixar entrar. Pessoas que sofreram com o amor e se fecharam.
E, por me parecer relacionado, retirei este texto de um artigo de Waldemar Magaldi Filho que em tempo publiquei na página das terapias:
“Íntimamente sabemos que a natureza não pode ser controlada por muito tempo, e se passarmos a ser mais flexíveis, abrindo mão da ilusão do controle, diminuirá a exuberância do descontrole e, com isso, relativizaremos as normas, portanto, os sintomas e as crises. Mas quando surgem as crises e seus sintomas, é necessário fazer uma boa anamnese, equivalente a recordar - relembrar as emoções - que estão associadas ao sintoma, incluindo análise simbólica do órgão, sistema, função ou tecido doente, as consequências deste sintoma, tanto no que o indivíduo deixou de fazer, quanto no que ele passou a fazer, e mais uma enorme gama de análises que podem contribuir para que a ferida secreta venha à tona.
Com isso, as mágoas podem ser choradas para evitarmos que outros olhos ou pessoas as chorem por nós. Assim como os ressentimentos, os sentimentos de culpa, inferioridade, abandono, desejos de vingança, ansiedade ou medo, podem ser reconhecidos, ressignificados e superados. Só assim a pessoa poderá envelhecer com bom humor, condição essencial para que o sistema imunológico atue eficientemente, pois ele reage imediatamente a qualquer tipo de situação onde esses aspectos negativos estão atuantes no psiquismo do indivíduo, deixando de ser funcional, chegando até a se voltar contra o próprio organismo, como é o caso das doenças auto-imunes.”
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